terça-feira, 15 de março de 2022

Resenha: O Duque e Eu - Julia Quinn

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. 

Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. 

É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. 

A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.

Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

*****

Iniciei a leitura deste livro com grande expectativa, afinal, vi muita gente recomendar e elogiar os livros da série Os Bridgertons. Sendo assim, parei de enrolar e resolvi descobrir o que este livro tem de tão especial.

Logo no início da leitura me perguntei o que viram de tão maravilhoso nesse livro. Logo nos primeiros capítulos achei a história chata, maçante. Havia informações demais e a história não andava. Pelo menos não no ritmo que eu gostaria. Resultado: abandonei a leitura. 

Como não gosto de deixar uma leitura incompleta, resolvi dar uma nova chance ao livro. E, por Deus, que bom que fiz isso! Parece que Julia ouviu minhas preces e a história começou a andar e ficar muito, mas muito mesmo, interessante.

Simon é o típico homem cobiçado, no melhor estilo "I'm sexy, and I know it". Solteiro, bonito, dono de uma grande fortuna, é considerado arrogante pelas pessoas. Apesar disso, a posição que ocupa faz com que ele seja um ímã para mães ambiciosas e suas filhas loucas para casar. Mas, para azar delas, ele não está nem um pouco interessado em casamento. Aliás, casamento, poderia ser considerado um ultraje para um libertino. Pelo menos é assim que ele espera que as pessoas pensem.

Do outro lado da história temos Daphne Bridgerton. Quarta filha de Violet Bridgerton, a jovem sonha em se casar e construir uma família. Mas parece ser um ímã para homens tolos e vazios, que ela faz questão de dispensar com toda gentileza possível. Infelizmente - ou seria felizmente? - Nigel Berbrooke pareceu não entender e aceitar a recusa da jovem. Mas, por causa dele, é que Daphne tem seu primeiro encontro com Simon. 

Digamos que não tenha sido o melhor dos encontros, mas Simon se viu encantado pela garota que era muito mais forte do que ele julgava ser capaz para uma mulher. Mas, é óbvio que todo o encantamento foi por água abaixo quando ele descobriu que a adorável dama era irmã de seu melhor amigo Anthony Bridgerton. Devo acrescentar que o diálogo entre Daphne e Simon é maravilhoso! Nunca me diverti tato com duas pessoas e "meia", já que Nigel estava mais pra lá do que pra cá.

E é para "salvar" a mais nova amiga, e também a sua pele, que Simon sugere que eles finjam um relacionamento. Segundo ele, ao ser cortejada por um duque, Daphne despertaria a atenção de mais pretendentes e poderia escolher um adequado. Aliás, ele não entendia como uma garota como ela ainda não tinha conseguido um pretendente, no mínimo, decente. Além disso, ao ter uma "preferida", Simon poderia se ver livre das mães ambiciosas e suas filhas loucas.

Acompanhar este plano maluco é uma delícia. Ao passarem mais tempo juntos, Daphne e Simon nos proporcionam diálogos maravilhosos. Espirituosa que só, Daphne nos rende boas gargalhadas. Sério, me peguei gargalhando várias vezes durante o livro e imitando suas caras e bocas. E, é claro, que todo este tempo juntos só podia resultar em uma coisa: uma aproximação real entre o duque e Srta. Bridgerton. A atração é tão forte que eles esquecem os escrúpulos e acabam sendo flagrados pelo irmão de Daphne.

"Ela tentou dizer algo bem-humorado. Algo sedutor. Mas sua ousadia acabou no último momento. Ela nunca fora beijada, e agora que o havia praticamente convidado a ser o primeiro, não sabia o que fazer."

Capítulo 9

Disposto a defender a honra da irmã, Anthony obriga Simon a se casar. Mas, o que ele não espera era uma recusa de Simon, mesmo este estando ameaçado de morte, para desespero de Daphne. Aliás, é por interferência dela que as coisas se resolvem. Daphne vai até o local marcado para o fatídico duelo afim de poder interceder ao bom senso de Simon. E acabou conseguindo resultado. Dentro de um curto período de tempo estavam casados. A iminência de um escândalo sempre consegue apressar as coisas.

Mas engana-se quem pensa que os problemas do casal acabaram após se casarem. Devido aos problemas que teve com o pai, Simon achava impossível formarem uma família. Não queria filhos. Não que não amasse sua esposa o suficiente, mas não ter filhos seria uma espécie de vingança póstuma contra o seu pai. Daphne tenta, de todas as maneiras possíveis curar as feridas do marido. O ver sofrer faz com que ela sofra também. Mas, ao descobrir que Simon mentia para ela a cerca de filhos, Daphne se revolta. A mágoa é grande, a distância entre eles também. Mas o período afastado faz com que Simon perceba o quanto ama sua esposa e juntos eles vão tentar encontrar maneiras de dissipar os fantasmas do passado de Simon em prol de um futuro maravilhoso para ambos.

"- Eu quero ser feliz - murmurou.

- Você vai ser - prometeu ela, passando os braços ao redor dele. - Você vai ser."

Capítulo 20

A narrativa de Julia é simplesmente envolvente. Como disse, o início é um pouco lento, mas a narrativa vai ganhando ritmo conforme avança. Julia nos entrega um romance que nos faz suspirar, rir e, até mesmo, chorar. Seus personagens são complexos, cheios de nuances, o que faz com que nos identifiquemos com eles. Sou suspeita para falar sobre romances de época, mas devo dizer que este me cativou.  Passei raiva, ri, concordei e discordei da atitude de vários personagens, enfim, vivi o livro. E acredito que para um livro ser bom ele deve causar esse efeito no leitor. Julia ganhou mais uma fã.

Acredito que me apaixonarei por toda a série, assim  como me apaixonei pelo primeiro livro. O bom é saber que há ainda mais oito até chegar ao final da série.


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Beijinhos,

Ana

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